Partilho um dos últimos livros que li. Uma história simples, mas escrita com muito humor inteligente. Com esse humor, lemos um pouco sobre as particularidades e curiosidades do ser humano, nesta “amostra” de 3 amigos. E um cão. Num barco, ao longo do Tamisa.
Na anterior pandemia Covid19, esta pandemia veio ao de cima de forma alarmante. Na verdade, esta doença já existia há muitos anos, mas a humanidade parecia adormecida a ela.
Via-se, no entanto, alguma esperança. Nem todos pareciam ter sido acometidos desta fatalidade invisível e aparentemente assintomática.
Notou-se com o coronavírus, na indiferença às mortes, indiferença igualada à registada face ao aumento da pobreza. Duas tragédias que andaram de mãos dadas, mas que poucos viam, entrincheirados do seu lado das certezas e das soluções únicas.
O mundo cientifico acordou com uma animadora notícia: a vacina há tanto procurada foi encontrada.
Depois de descoberta a vacina para o vírus e atingida a imunidade de grupo, a humanidade começou a aperceber-se lentamente do mal que lastrava entre nós. Escondido, mascarado, desculpando-se com a pandemia.
Aqueles que foram, a custo, mantendo a imunidade decidiram juntar-se. Procuraram cérebros que pudessem ajudar. Alguns deles, eles próprios acometidos pela doença, aceitaram, ainda assim, a tarefa. Seduzidos talvez pelo desafio.
A investigação decorreu durante anos e os primeiros testes foram aprovados no ano passado. Renascia a esperança para o ser humano. A esperança de recuperarmos aquela centelha essencial. A esperança para uma sociedade justa, humana, equilibrada.
Hoje, todas as farmacêuticas do mundo anunciaram que estão prontas para começar a produzir a vacina e a distribuí-la.
Serão primeiro inoculados os mais necessitados. Começarão pelas pessoas com mais altos cargos de poder. Aquelas que mais precisam ser curadas, de forma a começarem a dar o exemplo pelo seu comportamento.
Mas a expectativa é que chegue a todos, até que deixe de ser necessária.
Até que recuperemos a imunidade de grupo, e nos curemos da falta de empatia. Rejubilemos.
[Texto resultante de um desafio de escrita, que consistia em escrever um artigo / notícia sobre a descoberta de uma vacina conta o que eu considere ser um dos problemas da humanidade.]
Há dias numa reunião de trabalho, um colega brincou, dizendo “a culpa disto tudo é da Susete!” Ri-me interiormente porque, no meu anterior trabalho, os meus colegas usavam muito esta frase. Tornou-se tal a tradição de dizer esta frase que, no meu último dia na empresa, recebi de presente uma tshirt que não me deixa esquecer que a culpa é minha. Ao ouvir a frase repetida, dei por mim a perguntar se será verdade que a culpa morre sempre solteira ou se decidiu casar-se comigo. Mesmo que eu não tenha dito o famigerado “Sim!”. Isto da culpa é um casamento difícil de manter. E dificilmente é um casamento feliz. Quer digamos sempre “Sim”, quer digamos sempre “Não”. Se assumirmos sempre as culpas de tudo, somos aquela pessoa do casal que ama sempre pelos dois. Se formos a que sempre atira a culpa para o outro lado… bom, existe uma certa probabilidade de recebermos um pedido de divórcio, em algum momento. É por isso que prefiro a palavra “responsabilidade”. Ser responsável é tomar decisões e assumir os efeitos dessas decisões. É sermos crescidos, viver tanto com o que pode vir de bom, como de mau. E procurar corrigir os efeitos maus, na totalidade das nossas possibilidades. Também é conseguir viver com o facto de que, às vezes, não conseguiremos reparar o que correu mal. Se a culpa morreu solteira, desejo que a responsabilidade encontre um casamento feliz e duradouro.
A minha última leitura. Um romance leve, que nos leva a conhecer a história de uma mulher com pedaços de histórias. Entre amores, desamores, dores e surpresas.
Por vezes a vida apresenta-nos desafios. A resposta pode ser saltar e construir as asas na descida. Mas também pode ser parar e reflectir, de forma a encontrar a melhor forma de os ultrapassar.
E o que tudo isto tem de divertido é que ambas as reações podem estar certas, dependendo do contexto.
É por isso que a vida tem o seu quê de difícil e o seu quê de entusiasmante. Enquanto o coração se agita, estamos realmente a viver. E isso só pode ser bom.
Um livro interessante para quem está a começar a saber mais sobre o desenvolvimento pessoal. Explora sobretudo uma filosofia de vida, transformada em um método.
Na parte final, são feitas perguntas ao autor. Com humildade, o autor assume que a prática dos hábitos é um exercício diário e que não consegue ter todos os hábitos, todos os dias. É assim que vejo o verdadeiro desenvolvimento pessoal: um exercício diário, um olhar constante sobre nós próprios, os nossos valores e a consistência dos nossos comportamentos. Estamos sempre em construção e em processo de evolução.