Vida perdida
Morte adiantada
Caminhando
Sobre pernas esquecidas
A vida segue
Fingindo que ainda existe
Passa ao lado
Do destino
Fingindo não o ver
Ou demasiado adormecida
Passa sem parar
Sequer ponderar
Quem
Como
Poderia ser
Fugir à dor dói
Libertar-se ainda mais
O medo é grilheta
O grito afoga-se
Sem ar na garganta
O coração…
Lentamente esmorece
A alma encolhe-se
Protegida espera
Que agarres a vida
Sejas quem és!
© Isa Lisboa

Imagem: Vera Chimera