So…About love… (II)

tic-tac-toe-1777859_960_720

So…

Love is but a game

So they say

Why should it be?

A move to win

Risking to loose.

Loose your fears

Your ties

That’s all it should be.

Games are

For those who like chances

Love is for those who give a chance.

A chance to freedom

To free one’s heart.

Love cannot be

A boardgame

Trying to get

The strongest piece

Strategy is bound to fail.

Unlike the games of mundane life

Love is a game you win

Only when you are

Willing to loose,

So that you can

Win a new space

In your own heart.

So…

About love…

Just let the games begin…

© Isa Lisboa

(So… about love… (I))

So…About love…

So…

Love is a moment.

That one moment

When everything changes

You realize

There’s a bit of you

Which now lives

In someone else’s.

A moment of pain and bliss.

Blissful pain, perhaps.

Love is the moment

You realize

And the moment

You have no clue.

How to make it right

Is not a question

All is right

Even if it is wrong

All is unsure

But life is an adventure

And love reminds you

To go out and live it.

Love is the moment

Your heart smiles

And hides it’s face

At the same time;

Hope and fear.

Love is so many

Moments;

Love is but a moment,

But a moment can be

Timeless.

So…about love…

Only lovers know…

 

© Isa Lisboa

engagement-1718244__340

As asas de Ícaro

Skipholt (by)

A sombra –

Essa sedutora –

Roubou as asas de Ícaro.

Desamparado

Caiu

Anteveu o embate

Com a terra seca.

Doeram os músculos

Os ossos

E a pele rasgou.

O sol era um sonho

O que lhe deu asas

Foi o mesmo

Que as derreteu

Ilusões a escorrer

A pingar sobre a Terra

Onde o seu corpo

Caiu

Com vida, mas com dor.

Chamem-lhe soberba

Orgulho

O que for

A sombra sussurrou

Ao ouvido de Ícaro

Sobe

Acima do que és

Sobe

Sem olhar

Sobe até mais não.

Corpo caído

Dorido

Ferido

Dor em mais que corpo.

Uma mão passa-lhe

Na fronte

Água fresca

Nos lábios.

A Sombra

Roubou as asas de Ícaro.

Mas o Amor

Devolveu-lhe a vida.

© Isa Lisboa

Amor

Fevereiro é o mês do Amor. Ontem foi dia dos namorados. Dia de celebrar o amor, fazer votos, declarações, dar mimos, carinho, demonstrar amor. É um dia bonito. Celebramos o amor romântico, que preenche uma parte da nossa vida.

Mas hoje, gostaria que reflectisses sobre outro amor: o amor-próprio. 

Pergunta-te: prometes amar-te, respeitar-te e cuidar-te, hoje e todos os dias da tua vida?

© Isa Lisboa

Your eyes

unnamed-3-1

Foto: Google

(Poesia a duas canetas) por Nuno e Isa

Your mysterious eyes

Your eyes are like a rainbow

Full of colours and life.

Your eyes are like the skies

Full of brightness and infinity

Your eyes are like the ocean

Full of power and emotion

Your eyes are like the sun

Full of light and fun

Your mysterious eyes…

 

Your eyes see mystery

In mine

And they read them

As if they were a beautiful story

Your eyes

Tell of sweet embraces

That I am safe in your arms.

Your curious eyes

They discover me, slowly, delicately.

Your deep eyes

Eyes were I can float

Calm waters, in strong ocean

Your eyes

Touch me gently

They see me

Your eyes, where I dive

With no fear

Your deep, surprising eyes.

 

© Nuno e Isa

Publicado originalmente no Instantâneos a preto e branco

Quando o amor chamar

apple-570965__180

«Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma
No pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E, com esse conhecimento,
Vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a eira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde rireis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio
E nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir.
Porque o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
“Deus está no meu coração”,
Mas que diga antes:
“Eu estou no coração de Deus”.
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho
Que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado,
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.»

Gibran Khalil Gibran