Intermitências

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Sou eu

Mas já não sou

Quanto mudou

Nas intermitências

De esquecer

E de deixar ir…

Leve,

Sei que ainda há

A libertar.

Decidida

Tranquila.

De mim

Não mais abdicarei.

O que a mais habita

Não ficará

Passo a passo, a seu tempo

Se irá

Quando olhar para trás

Será mais um degrau

Da história que quem fui

Da escada que subi

Para chegar a quem sou.

© Isa Lisboa

Do fim ao princípio

No dia em que nasci

Foi aquele em que morri

A noite em que me fui

Foi a aurora do primeiro grito

Ou assim o via

Quando acreditava

Que Tempo havia

E que o Fim

Era Antítese

Do Princípio

Olhos não tinha ainda

Para ver

Que caímos à terra

Apenas para árvore

Renascer

E que antes que a matéria

Se torne noutra forma

Aquilo que a habita

Havemos de tocar

Nascemos para entender

Que o destino somos Nós

E o caminho

Nada mais é que

Ser!

© Isa Lisboa

Vadim Stein 11

Foto: Vadim Stein