Ser ou parecer?
Uma difícil, órfã
Outra eleita.
© Isa Lisboa
Ser ou parecer?
Uma difícil, órfã
Outra eleita.
© Isa Lisboa
Sou eu
Mas já não sou
Quanto mudou
Nas intermitências
De esquecer
E de deixar ir…
Leve,
Sei que ainda há
A libertar.
Decidida
Tranquila.
De mim
Não mais abdicarei.
O que a mais habita
Não ficará
Passo a passo, a seu tempo
Se irá
Quando olhar para trás
Será mais um degrau
Da história que quem fui
Da escada que subi
Para chegar a quem sou.
© Isa Lisboa
No dia em que nasci
Foi aquele em que morri
A noite em que me fui
Foi a aurora do primeiro grito
Ou assim o via
Quando acreditava
Que Tempo havia
E que o Fim
Era Antítese
Do Princípio
Olhos não tinha ainda
Para ver
Que caímos à terra
Apenas para árvore
Renascer
E que antes que a matéria
Se torne noutra forma
Aquilo que a habita
Havemos de tocar
Nascemos para entender
Que o destino somos Nós
E o caminho
Nada mais é que
Ser!
© Isa Lisboa
Foto: Vadim Stein
Foto: Zé Suassuna Oliveira
Águas do lago
Reflectem minha imagem
Guardam meu sentir
© Isa Lisboa
Haiku originalmente publicado no blog
Tubo de Ensaio – Laboratório de Artes