
Foto: http://www.pixabay.com
Estas são as celebrações que acontecem por estes dias, com pontos em comum, desde os simbolismos às teorias sobre a origem.
Para mim, este momento do ano representa o encararmos do nosso lado mais fantasmagórico, monstruoso e sombrio. E perceber que esse lado também faz parte de nós e é também bonito, à sua maneira.
É também uma transição, neste caso para os dias frios que aí vêm e os dias em que o corpo e o espírito pedem recolhimento, para nos alimentarmos da colheita que fizemos. É um momento que acredito que todos precisamos aproveitar, o deste recolher da alma.
É também um momento em que, segundo a tradição, a linha entre o mundo visível e o invisível fica mais ténue. É um bom momento para também olharmos para estas duas partes de nós e entender o quanto estão juntas ou separadas e quais partes de nós precisam ser recuperadas.
Recuperar. Recuperemos forças, aproveitemos o frio, o vento e o sol tímido, esperemos a chuva. É o momento em que a natureza adormece, sem no entanto deixar de se mostrar presente. E no interior de tudo o que nos rodeia, a vida pulsa. Talvez a um ritmo mais calmo. A seiva corre nas árvores, os animais enroscam-se num cantinho, protegidos do frio.
Recuperar.
© Isa Lisboa