Todas as flores têm espinhos, assim como todas as palavras têm silêncios.
Tudo na vida é dual, duas faces da mesma moeda. Como na moeda, um lado só existe com o outro, é preciso aprender a ver o que ambos nos ensinam.
Pois como saberíamos a beleza da flor se não conhecêssemos a dor dos espinhos? Como ouviríamos as palavras ditas, se não tivéssemos já ouvido o silêncio? Como, ora, definir a tese sem a sua antítese?
Assim é com a noite e o dia, um dos sábios ciclos da vida. Um vem a seguir ao outro, um mostrando o que a outra esconde. E como duvidar que um não existe sem o outro: se é a escuridão da noite que permite ver a lua, e as sombras do dia só existem em contraste com a luz do sol?
Nesta dança lado a lado, luz conhecendo a sombra e sombra conhecendo a luz; nesta dança ritmada e perfeita se revelam os mistérios da vida e do Eu.
Um passo de cada vez, à medida que estamos prontos para os entender.
© Isa Lisboa

Imagem: Adam Martinakis
Gostei do texto, mas acho que não é mistério nenhum essa dualidade que, por vezes, até é… teatralidade !
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Actores, talvez todos o sejamos em alguns aspectos, durante uma parte da vida. Mas à medida que nos descobrimos, começamos a ser não só actores, como também encenadores 🙂
Um abraço, João, grata pela visita e comentário
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Isa, as coisas da vida são muito mais complexas e interessantes. Acho que você simplifica de mais, parabéns e felicidades!
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Sim, concordo a 100% que a vida é mais complexa, e a 1000% que a vida é mais interessante! 🙂
Obrigada pela visita e comentário 🙂
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