“É mais importante ter imaginação do que conhecimento.”
Albert Einstein

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Sem dúvida que o conhecimento é importante. Sem ele, o mundo não conheceria o progresso, as revoluções científicas.
Alguns argumentarão que, sem o conhecimento, ainda viveríamos em cavernas.
Mas também me parece que foi a imaginação que nos tirou de lá.
Devem ter existido mentes que imaginaram uma vida diferente da de sobrevivência diária. Uma vida diferente de caçar ou ser caçado.
E deve ter havido quem se atreveu a testar essa imagem imaginada. Essa vida utópica, que a tantos parecia impossível.
Essa coisa de “ser feliz” devia parecer ainda mais estranha no tempo das cavernas. Mais estranha do que é hoje.
Sim, porque ainda hoje nos sentimos tentados a acreditar que, ou caçamos ou somos caçados. Que ganhamos ou perdemos.
Mas ganhamos o quê? Que prémio é esse? Sabes qual é esse prémio pelo qual tanto lutas? Esse prémio em nome do qual te esqueces de ti, dos teus valores, dos teus desejos? Esse prémio em nome do qual passas por cima de todos os que são fracos (ou assim os julgas tu)? Sabes?
Quando corres, sabes para onde? Sabes se realmente vale a pena correr e se queres até correr? E se estiveres a correr só por habituação? Ou porque julgas que tens uma meta a cortar?
Pois é, essa coisa de ser feliz ainda parece meio estranha. E custa pôr o nariz de fora da caverna, não é?
Divago? Ah, imaginação a mais.
Dirão alguns. Dirão alguns, de lá de dentro da caverna.
© Isa Lisboa