O trovão só faz barulho porque temos medo dele; mas depois vem a luz.
E porque a luz só momentaneamente nos ilumina, logo nos esquecemos de que o medo nos mostrou a luz.
Ou talvez nos esqueçamos porque vemos o quanto a luz é poderosa, rápida e indestrutível.
E aí fala de novo o medo, temos medo que a luz entre em nós, do que poderá destruir em nós. Ignoramos o coração que nos sussurra que há planícies que precisam ser devastadas, seja pelo fogo renovador ou pela água purificadora.
O medo esconde-nos que o trovão vem do alto, é um grito que no fundo queremos ouvir, o rugido de leão que em nós habita.
Fomos feitos para o ouvir, do início o procuramos, sabemos que também nós somos som que procura o silêncio, para em luz se manifestar.
© Isa Lisboa
Bravo!! Achei excepcional a margem como o texto nos envolve caprichosamente.
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Muito grata pela visita e comentário! 🙂
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