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Vi duas formigas na parede da minha cozinha. Uma subia e outra descia. Exactamente na mesma linha recta. A meio do percurso encontraram-se frente a frente. Pararam brevemente, talvez nem por um segundo.
Quase automaticamente, uma desviou-se ligeiramente para a esquerda e a outra ligeiramente para a direita.
E seguiram o seu caminho.
Estas duas formigas fizeram-me pensar nos humanos.
Quantos estariam dispostos a mudar ligeiramente a sua rota? E quantos insistiriam, frente a frente, que aquela estrada era sua, sem se moverem um milímetro? Parados, cada vez mais longe do seu destino?
Como seres humanos, temos esta dificuldade em ajustar a rota. Mas tal como na história dos dois barcos, por vezes a vida prova-nos que essa insistência é na realidade, obstinação, e que não estamos a querer ver todos os aspectos do que nos rodeia.
O obstáculo à frente pode na verdade não ser um obstáculo. Pode estar lá apenas para iluminar melhor a rota e nos ajudar a ver que o caminho em que nos movemos não é na realidade o caminho. Não é o nosso caminho.
E, nesse momento, precisamos parar na nossa corrida para o nosso destino e ajustar a rota.
Precisamos parar para chegar mais depressa.
© Isa Lisboa

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Gosto dessa ideia dos obstáculos serem faróis! 🙂
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🙂 Uma perspetiva que me surgiu ;:
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