Decisões, ah, as decisões!

Decisões: são tão difíceis de tomar, não é?

São difíceis de tomar porque, de uma forma geral, implicam uma escolha. E quando escolhemos virar à direita em vez de à esquerda, sabemos que não escolhemos apenas o que vamos encontrar no caminho da direita. Também escolhemos abdicar do que poderíamos encontrar à esquerda.

E é quando pensamos demasiado nisso que a dúvida entra e começa a instalar-se; segredando-nos razões para a direita num ouvido e razões para a esquerda noutro.

Em ambos os ouvidos fica a ideia de algo que pode ser perdido. E a verdade é que a ideia de perder algo sempre nos causa – no mínimo – um certo desconforto.

Não está errado. A verdade é que ninguém gosta de perder – nem a feijões, como se diz. Mas em certas circunstâncias temos que aceitar que a perda é necessária e o melhor para nós, em muitas (se não todas) as situações. Neste caso, do outro lado da perda está o troféu com o que temos a ganhar com a escolha feita.

É verdade que podemos ter feito antes más escolhas e, portanto, ao ter que tomar uma nova decisão, é o medo que agora se instala. E se fizermos tudo de novo?

Poderá ter sido errado no passado, mas teve certamente um efeito; o de nos ensinar algo. Algo que nos tornou diferentes. A cada lição aprendida tornamo-nos mais aptos e mais fortes. Por isso, quem decidiu ontem, já não caminha hoje com as mesmas botas e, mesmo que o Caminho pareça igual, não o é. A pedra já antes levantada com sucesso, não será agora obstáculo, e a poeira já sacudida, atrás ficou.

Ainda que o caminho pareça igual, descobriremos que não é mais do que uma oportunidade de, com as pernas ora mais fortes, desta vez sermos nós a fazer o Caminho e a traçar o trilho.

Ainda assim, sabendo tudo isto, a questão continuará a existir: “O que decidir?”.

Acredito que há uma parte de nós que sabe sempre a resposta: o nosso coração!

Sentir o que ele nos diz abrirá todas as portas certas. Sejam elas apenas duas ou mais, o coração pergunta: “O que te realizaria mais? O que vai de encontro ao que sentes ser a tua missão?”

Nunca nos esqueçamos de focar no que alimenta a nossa alma. Isso levar-nos-á ao caminho certo.

Foi isto que o meu coração disse.

 © Isa Lisboa

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Foto: http://www.pixabay.com

4 thoughts on “Decisões, ah, as decisões!

  1. Muito bom teu texto Isa, lembraste-me das nossas conversas de um dia desses… Venho tentando seguir o coração, e no meu caso em particular, antes de decidir pelo que alimenta a alma, acho que preciso decidir por algo ainda mais profundo: pela verdade… Beijinhos!

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