Uma efémera nasceu (*). Espreguiçou-se e pôs-se logo a voar. Percorreu todo o céu que tinha ao dispor. Era feliz.
Aproximava-se a 24ª hora, olhou para baixo e observou os humanos: “Tantas vidas têm e andam sempre presos à terra, não voam” – pensou.
Como tinha já poucos minutos, esqueceu os homens e voou o mais alto que pôde. Até que, lentamente, e embalada pela brisa, caiu na terra, que só estava lá para acolher a despedida da efémera que foi feliz.”
© Isa Lisboa
(*) A efémera é o animal com vida mais curta no reino animal, durando, no máximo 24h.
~~*~~
Publicado originalmente no blog Tubo de Ensaio:
No mundo atual eu gostaria de ser como ela!
GostarLiked by 1 person
No mundo atual e no de qualquer era, acredito que, como ela, devamos aproveitar a dádiva da vida! 🙂
GostarGostar
lendo assim como escreveste até eu gostava de ser como a efémera, pois aproveitou bem a sua curta vida.
um beijinho
🙂
GostarLiked by 1 person
🙂 Obrigada, Piedade! Eu acredito que é para viver a vida que a temos 😉
GostarGostar
senhora de um tempo intenso!
linda a Efémera 🙂
beijinhos, Isa
GostarLiked by 1 person
🙂 Sim, intenso, sem dúvida! 🙂 Obrigada, Manuela!
GostarGostar
As vezes observo os insetos por aqui:
Vida curta sim; mas com muita emoção kkk.
Com certeza andamos mais presos a terra.
Belas as suas palavras de clareza e reflexão.
Prazer em conhecer o blog.
janicce.
GostarLiked by 1 person
🙂 Obrigada, Janice, seja bem vinda! Sim, estamos presos à terra um pouco, parece-me, sim! 🙂
GostarGostar