… devagar, apreciando o momento. Quando ela alivia a resistência, rodo-a de uma vez e entro, um pé a seguir ao outro, de peito aberto ao sol que entra pelas janelas e à brisa fresca que espalha boas energias à volta.
Olhando mais à frente, vejo como a vida flui lá fora, se renova e se reinventa ao sabor das estações, ao sabor do fio invisível que as conduz.
Se este espaço fosse uma casa, seria assim, gosto de pensar; sinto que sim.
Sentada no meio da sala, então viajo até 5 anos atrás. Quando nasceu o Instantâneos a preto e branco. Depois o Dias em que olho o mundo. Tantas descobertas em formas de palavras, tanto que os dois espaços me deram.
Recordo tudo com um sorriso, sei que aqueles eram os lugares das palvras de então.
As de agora pertencem aqui. A casa está quase vazia ainda. Pronta para receber e guardar os meus novos passos. Aqueles que dou na descoberta do (Eu)nigma que sou.
Num dos contos do meu primeiro livro, imaginei uma Menina de Plasticina que, um dia, se atreve a fazer uma pergunta aparentemente simples. Mas uma pergunta que acaba por se revelar enorme. E de tão grande que é, é a pergunta que todos devemos fazer, pois a resposta será o que mais nos preencherá e insuflará de vida.
A grande pergunta que se coloca é “Quem sou eu?” É uma pergunta à qual venho respondendo todos os dias, pois a cada dia que passa me completo e me reencontro de novo. Talvez na verdade sejamos todos um (Eu)nigma toda a vida. Ou talvez, antes, já tenhamos desvendado o mistério há muito, muito tempo. E apenas precisemos de lembrar.
Esta casa é apenas uma parte da minha busca e das minhas descobertas.
Querem conversar comigo? Entrem e sentem-se.
© Isa Lisboa
Fonte imagem: www.pixabay.com
Olá Isa ! Afinal alguns de entre nós, tem a ânsia de se descrever, lançar os seus sentimentos para que outros os oiçam, sentindo-se, ao mesmo tempo, úteis aos que os acompanham e captando as energias que os renovam e lançam ao encontro de desafios na escrita, na poesia, na pintura ou na escultura, talvez as artes mais nobres para quem nasce com a apetência e a genética de descrever as coisas. E, afinal, quem são esses, os que se entregam à palavra, os que nos “dizem” as palavras que nos animam, entretém ou nos ensinam ? Quem são e, também, o que pretendem senão tão só a abertura das suas mentes e dos seus corações à humanidade que segue, implacavelmente, a caminho de um futuro em que, cada vez mais, a palavra de pouco vale ? Boa sorte nesse caminho de busca ! Eu estou, aqui, a “escutá-la” !
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Acredito que a palavra ainda vale muito e que a humanidade ainda a procura, assim como à Luz. Seja bem vindo, João, apareça por cá para me escutar sempre que quiser! 🙂 Um abraço!
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Um texto muitíssimo bom. Para alguém que, como eu, adora ler os textos da Isa são sempre um ponto de partida para uma viagem interior. Muito obrigada por partilhar com todos nós esse dom maravilhoso que tem.
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Muito obrigada, Ana, palavras como as suas são um bálsamo! 🙂 Bem vinda ao meu espaço! 🙂
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Uma nova casa, um novo espaço, a eterna busca…que sejas feliz no reencontro e consigas sempre o melhor de ti.
Um abraço
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Creio que esta busca semrpre se renovará! 🙂 Seja bem vinda, Guaraciaba! Um abraço!
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Obrigada pelo convite! Já cá estou!
Parece-me muito aconchegante, a tua nova casa! 🙂
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Obrigada, Sandra! És sempre bem vinda! 🙂
Beijinhos
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